A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, minimizou a ausência de um prazo comum para que os países que têm a floresta amazônica em seu território alcancem o desmatamento zero na região. Nesta terça-feira (8), líderes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela assinaram uma declaração conjunta em que se comprometem a cessar a depredação da floresta, mas não disseram até quando todos vão atingir esse objetivo.
“O processo de negociação é sempre um processo mediado. Ninguém pode impor a sua vontade a ninguém. São consensos progressivos. À medida que temos alguns consensos, vamos botando no documento”, disse a ministra em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O governo brasileiro se comprometeu em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Marina garantiu que o Executivo vai se esforçar para cumprir a meta no prazo. “Ainda que não tenha [um prazo comum] na declaração conjunta em função de não se chegar em consenso com outros países, o Brasil tem esse compromisso, e vamos continuar perseguindo”, afirmou
A declaração dos países amazônicos diz que as nações vão promover uma cooperação regional no combate ao desmatamento e evitar que a Amazônia atinja o "ponto de não retorno".
O "ponto de não retorno" é a expressão usada para se referir ao momento em que a floresta perde a capacidade de se autorregenerar em função de processos como desmatamento, degradação e aquecimento global.
Na declaração, os líderes amazônicos falam em "pactuar metas comuns para 2030 para combater o desmatamento, erradicar e interromper o avanço das atividades de extração ilegal de recursos naturais e promover abordagens de ordenamento territorial e a transição para modelos sustentáveis, tendo como ideal alcançar o desmatamento zero na região".